Neste quarto sem dimensão
Sinto os espaços vazios
Ainda vou vestir aquela roupa
Caber em todos os espaços
Vou deitar na minha cama
Gozar em vidro estilhaçado
Me sentir aos pedaços
A mercê de um acaso
Deixa eu te chamar
No menor dos sussurros
Te prender na minha teia
Devorar o que sobrou de você
E se restar alguma coisa
Deve ser algo semelhante a mim
E você pode até pensar que sou
Pequena e intragável
Mas se te chamo para fugir comigo
É para fazer um estrago onde passarmos
Pode caminhar sem medo baby
Eu me cortei no caminho por você
Isabella Felix
Quando escrevi isso, estava meio sonolenta. Não sabia bem se estava dormindo ou acordada. Também não pensei muito. Eu apenas lembrava das palavras que havia sonhado e comecei a escrever. Não sei te dizer, leitor, o que aconteceu comigo. De repente esse tipo de coisa me atormenta. Como um chamado para a poesia. Logo eu, que muitas vezes achei que ela havia me abandonado. Sigo orgulhosa, de cada palavra que escrevo, cada pedaço de arte que brota de mim para o universo.
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